Poema escrito pelo índio ”Chamalú” da tribo Quéchua.
Este texto aplica-se a qualquer campo de reflexão, de qualquer cultura, crença ou religião.
Encantador e atual, nos desperta para a essência do verdadeiro, da harmonia e da importância do ser.
Luis Ernesto Espinoza – “Chamalú” é seu nome espiritual – nasceu na Bolívia e é considerado educador e terapeuta da alma.
Saboreio cada momento.
Antigamente me preocupava
quando os outros falavam mal de mim.
Então fazia o que os outros queriam,
e a minha consciência me censurava.
Entretanto, apesar do meu esforço
para ser bem educado,
alguém sempre me difamava.
¡Como agradeço a essas pessoas,
que me ensinaram que a
vida é apenas um cenário!
Desse momento em diante,
atrevo-me a ser como sou.
A árvore anciã me ensinou
que somos todos iguais.
Sou guerreiro:
a minha espada é o amor,
o meu escudo é o humor,
o meu espaço é a coerência,
o meu texto é a liberdade.
Perdoem-me,
se a minha felicidade é insuportável,
mas não escolhi o bom senso comum.
Prefiro a imaginação dos indios,
que tem embutida a inocência.
É possível que tenhamos que ser apenas humanos.
Sem Amor nada tem sentido,
sem Amor estamos perdidos,
sem Amor corremos de novo o risco de estarmos
caminhando de costas para a luz.
Por esta razão é muito importante
que apenas o Amor
inspire as nossas ações.
Anseio que descubras
a mensagem por detrás das palavras;
não sou um sábio,
sou apenas um ser apaixonado pela vida.
A melhor forma de despertar
é deixando de questionar se nossas ações
incomodam aqueles que dormem ao nosso lado.
A chegada não importa,
o caminho e a meta são a mesma coisa.
Não precisamos correr para algum lugar,
apenas dar cada passo com plena consciência.
Quando somos maiores que aquilo que fazemos,
nada pode nos desequilibrar.
Porém, quando permitimos
que as coisas sejam maiores do que nós,
o nosso desequilíbrio está garantido.
É possível que sejemos apenas água fluindo;
o caminho terá que ser feito por nós.
Porém, não permitas que o leito escravize o rio,
ou então, em vez de um caminho, terás um cárcere.
Amo a minha loucura
que me vacina contra a estupidez.
Amo o amor que me imuniza
contra a infelicidade que prolifera,
infectando almas e atrofiando corações.
As pessoas estão tão acostumadas
com a infelicidade,
que a sensação de felicidade
lhes parece estranha.
As pessoas estão tão reprimidas,
que a ternura espontânea as incomoda,
e o amor lhes inspira desconfiança.
A vida é um cântico à beleza,
uma chamada à transparência.
Peço-lhes perdão, mas….
DECLARO-ME VIVO!