quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O paradoxo do nosso tempo

Recebi muitas vezes parte deste texto atraves de amigas, por email. Infelizmente ele estava atribuído ao autor errado, e incompleto. Graças ao Google, descobri que o texto é do Dr. Bob Moorehead, pastor de uma igreja em Seattle, EUA. Abaixo, a tradução para o texto, que aparece em Words Aptly Spoken, por ele publicado em 1995.


Nós temos prédios mais altos mas paciência mais curta; rodovias mais largas mas pontos de vista mais estreitos; nós gastamos mais mas temos menos; nós compramos mais mas aproveitamos menos as coisas; nós temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; nós temos mais diplomas mas menos bom-senso; mais sabedoria mas menos juizo; mais especialistas, mas ainda mais problemas; mais engenhocas mas menos satisfação; mais remédios, mas menos bem-estar; nós tomamos mais vitaminas mas vemos menos resultados. Nós bebemos demais; fumamos demais; gastamos inconseqüentemente; rimos muito pouco; dirigimos rápido demais; ficamos bravos demais rápido demais; ficamos acordados até tarde; acordamos muito cansados; lemos raramente; assistimos muita televisão e rezamos muito raramente.

Nós multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nosso valores; nós voamos em aviões mais rápidos para chegarmos lá mais rápido, para fazermos menos e voltarmos mais cedo; nós assinamos mais contratos só para percebermos menos lucros; nós falamos demais; amamos muito raramente e mentimos demais. Nós aprendemos a sobreviver, mas não a viver; nós acrescentamos anos às nossas vidas, mas não vida aos nossos anos. Nós já chegamos até a Lua e voltamos, mas temos dificuldades em atravessarmos a rua e conhecer o novo vizinho. Nós conquistamos o espaço sideral, mas não o espaço pessoal; nós fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores; nós limpamos o ar, mas poluímos a alma; nós fissionamos o átomo, mas não nosso preconceito; nós escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas conquistamos menos; fazemos aviões mais rápidos, mas filas mais longas; aprendemos a apressar, mas não a esperar; temos mais armas, mas menos paz; salários mais altos, mas menos moralidade; mais festas, mas menos diversão; mais comida, mas menos contentamento; mais conhecidos, mas menos amigos; mais esforço, mas menos sucesso. Nós montamos mais computadores para armazenarmos mais informação, para produzirmos mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos; dirigimos carros menores que tem problemas maiores; construímos fábricas maiores que produzem menos. Nós nos tornamos grandes em quantidade, mas pequenos em qualidade.

Estes são os tempos de comidas rápidas e digestão lenta; homens altos, mas de pouco caráter; lucros profundos, mas relacionamentos superficiais. Estes são os tempos de paz mundial, mas guerra doméstica; mais lazer e menos diversão; mais postagem, mas correio mais lento; mais tipos de comida, mas menos nutrição. Estes são os dias de dois salários, mas mais divórcios; estes são os tempos de casas mais chiques, mas lares despedaçados. Estes são os dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, vidas padronizadas, morais para se jogar fora, das rapidinhas, corpos obesos e pílulas que fazem tudo, desde animar, prevenir, enquietar e matar. É um tempo quando há muito na vitrine e nada no estoque. Realmente, estes são os tempos.