terça-feira, 5 de novembro de 2013



Faxina da Alma (Carlos Drummond de Andrade)












Não importa onde você parou,  em que momento da vida você cansou.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as   esperanças na vida e,
 o mais importante, acreditar em você de novo.
Sofreu muito  nesse  período? Foi aprendizado.
Chorou muito? Foi limpeza da alma.
 Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos.
Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.
Pois é… agora é hora de reiniciar, de pensar na luz, de
encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Um corte de cabelo arrojado diferente, um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender
 a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa. Olha quanto desafio, quanta coisa
 nova nesse mundão de meu Deus te esperando… Ta  se sentindo sozinho? Besteira, tem tanta gente que
 você afastou com o seu “período de isolamento”.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu  para “chegar”  perto de você. Quando nos trancamos 
na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos, ficamos horríveis. O mau humor vai comendo nosso fígado, 
 até a boca fica amarga. Recomeçar… Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar? Alto? Sonhe alto! Queira o melhor do melhor. Queira coisas boas para a vida. 
Pensando assim, trazemos prá nós aquilo que desejamos.
Se pensamos pequeno, coisas pequenas teremos. Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente
 lutarmos pelo melhor, o melhor  vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental.
 Jogue fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes. Fotos, peças de roupa, papel de bala,
 ingressos de cinema, bilhetes de viagens e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados.
Jogue  tudo fora, mas principalmente esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor.
 Lembre-se, somos apaixonáveis, somos sempre capazes  de amar muitas e muitas vezes, afinal de contas, nós somos o “Amor”.
Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.
   Carlos Drummond de Andrade
Esse texto do Drummond é tudo que eu precisava nesse momento, e quem nunca precisou ouvir algo assim?
 Quando ainda estamos “presos” ao passado, nossa vida fica estagnada, não anda, ficamos tristes, pesadas, só pensando no que
 foi nossa vida até então. O Segredo é isso aí, fazer uma faxina na alma, na casa, nas gavetas, nos porta-retratos, enfim, apagar de
 vez o passado da sua vida. Isso não significa que ele nao vai voltar a bater na sua porta, mas é bom experimentarmos isso, pois nos
 ajudará a refazer nossa vida, e a nos preparar para o que está para vir. Se voltar, que bom, estaremos mais fortes e lindas do que 
nunca e pronta para um recomeço.
 O importante é aproveitar o momento e cuidar de si, fazer o que sempre quis, nao dar satisfação a ninguém, curtir a si mesma.
É tempo de recomeçar e voltar a sonhar…

segunda-feira, 9 de setembro de 2013


Uma vez fui viajar e não voltei



Uma vez fui viajar e não voltei.
Não por rebeldia ou por ter decidido ficar; simplesmente mudei.
Cruzei fronteiras que eu nunca imaginaria cruzar. Nem no mapa, nem na vida. Fui tão longe que olhar para trás não era confortante, era motivador.
Conheci o que posso chamar de professores e acessei conhecimentos que nenhum livro poderia me ensinar. Não por serem secretos, mas por serem vivos.
Acrescentei ao dicionário da minha vida novos significados para educação, medo e respeito.
Reaprendi o valor de alguns gestos. Como quando criança, a espontaneidade de sorrisos e olhares faz valer a comunicação mais universal que há – a linguagem da alma.
Fui acolhido por pessoas, famílias, estranhos, bancos e praças. Entre chãos e humanos, ambos podem ser igualmente frios ou restauradores.
Conheci ruas, estações, aeroportos e me orgulho de ter dificuldade em lembrar seus nomes. Minha memória compartilha do meu desejo de querer refrescar-se com novos e velhos ares.
Fiz amigos de verdade. Amigos de estrada não sucumbem ao espaço e nem ao tempo. Amigos de estrada cruzam distâncias; confrontam os anos. São amizades que transpassam verões e invernos com a certeza de novos encontros.
Vivi além da minha imaginação. Contrariei expectativas e acumulei riquezas imateriais. Permiti ao meu corpo e à minha mente experimentar outros estados de vivência e consciência.
Redescobri o que me fascina. Senti calores no peito e dei espaço para meu coração acelerar mais do que uma rotina qualquer permitiria.
E quer saber?
Conheci outras versões da saudade. Como nós, ela pode ser dura. Mas juro que tem suas fraquezas. Aliás, ela pode ser linda.
Com ela, reavaliei meus abraços, dei mais respeito à algumas palavras e me apaixonei ainda mais por meus amigos e minha família.
E ainda tenho muito que aprender.
Na verdade, tais experiências apenas me dirigem para uma certeza – que ainda tenho muito lugar para conhecer, pessoas a cruzar e conhecimento para experimentar.
Uma fez fui viajar…
e foi a partir deste momento que entendi que qualquer viagem é uma ida sem volta.
(Marcelo Penteado)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013



Inspiração do poeta
 
Conta-se que, num dia qualquer, o compositor Almir Sater estava em São Paulo para uma temporada. Em certo momento, desceu do seu apartamento para tomar um cafezinho num mercado ali perto.
Encontrou um amigo, que o convidou para experimentar uma viola que acabara de comprar. Enquanto tomavam café, Almir dedilhou a viola e soltou a voz:
Ando devagar... ao que o amigo emendou... porque já tive pressa.
Dizem que essa maravilha chamada Tocando em frente, ficou pronta em dez minutos. Um dia, alguém perguntou ao Almir como essa música fora feita e ele respondeu: Ela estava pronta. Deus apenas esperou que eu e o Renato nos encontrássemos para mostrá-la para nós.
Será verdade ou será mais uma dessas lendas que se inventam, a respeito de pessoas célebres e suas produções?
Lenda ou verdade, não importa. O que sabemos é que a inspiração existe e disso entendem muito bem os gênios de todos os matizes.
E a letra e música de Tocando em frente são uma joia rara.
Convidam-nos a parar em meio à correria, a viver com mais vagar, como a saborear cada momento.
Também nos recordam que, na vida, lágrimas e sorrisos se sucedem.
Assim dizem os versos:
Ando devagar porque já tive pressa.
E levo esse sorriso, porque já chorei demais.                                         
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe...
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei...
Há tanto para aprender. E quantos cremos ser superiores, por entendermos disso ou daquilo. E, contudo, quem verdadeiramente se dedica a aprender, descobre que quanto mais aprende, mais há a ser pesquisado, descoberto.
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
O planeta Terra é o grande laboratório Divino em que provamos a dor, a alegria. Em que nos extasiamos ante a manhã que se espreguiça e nos encantamos com a riqueza das pessoas.
Cada uma com seu talento especial, sua forma de ser, de agir em nossas vidas.
E, neste planeta de provas e expiações, com quantas delícias nos agracia Deus. Sabores de frutas, consistências inúmeras.
É preciso tudo provar. Aprender a degustar, reconhecendo o sabor de cada fruta, do trigo transformado em pão, do grão triturado, moído, servido com aroma de café.
Mas é preciso o amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, continua cantando o inspirado poeta.
Sim, o amor nos é imprescindível porque fomos criados e somos mantidos pelo amor de Deus, trazendo essa essência Divina em nossa intimidade.
E somente sorri, num mundo de tanta perversidade ainda, quem já descobriu o segredo da vida na Terra, que se chama oportunidade e progresso.
Por isso, cada um de nós compõe a sua história. E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.
E, como todo mundo ama, todo mundo chora, não esqueçamos que um dia a gente chega, no outro vai embora.
A vida é transitória. Aproveitemo-la, ao máximo, vivendo com a família, os amigos. Produzindo na sociedade, deixando nossas marcas de luz para, como alguém já falou, quem venha atrás, possa dizer: Por aqui passou um ser iluminado. Uma estrela...
 
Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 29 de julho de 2013


Para que serve uma relação...?



Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?
"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil".
Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido. 

Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração.Uma armadilha.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

Dr. Drauzio Varela

segunda-feira, 8 de julho de 2013


A Saudade Fala Português


"Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida:

Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz,
 quando me lembro do passado...

Eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, 
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...




Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do segundo, 
do terceiro, do penúltimo
 e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo,
 lembrando do passado e apostando
 no futuro... Sinto saudades do futuro, que se idealizado, 
provavelmente não será do jeito que
 eu penso que vai ser...




Sinto saudades de quem me deixou e de quem 
eu deixei!
De quem disse que viria e nem apareceu...
De quem apareceu correndo,
 sem me conhecer direito... De quem nunca vou ter 
a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de 
quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram como me dizer adeus...
 De gente que
 passou na calçada contrária da minha vida e que
 só enxerguei de vislumbre!




Sinto saudades de coisas que tive e de outras
 que não tive mas quis muito ter.

Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, 
de casos, de experiências... 
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!



Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar.

Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar...
 sem curtir na totalidade.
 Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
 não sei onde... 
para resgatar alguma coisa que não sei o que é e nem sei onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
 em japonês, em russo,
 em italiano, em inglês... mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil,
 só fala português,
 embora, lá no fundo, possa ser poliglota. 
Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria, espontaneamente ...
 Quando estamos desesperados... Para contar dinheiro... Fazer amor...
 Declarar sentimentos fortes... Seja lá em que lugar do mundo estejamos.





Eu acredito que um simples "I miss you" ou seja lá como possamos 
traduzir SAUDADE
 em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da 
nossa palavrinha.
 Talvez não exprima corretamente a imensa falta que sentimos de
 coisas ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...




Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que
 sinto este aperto no peito,
 meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que
 um sinal vital 
quando se quer falar de vida e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis!

De que amamos muito o que tivemos...E lamentamos
 as coisas boas que perdemos
 ao longo da nossa existência...

Sentir saudade é sinal de que se está vivo!"

Antonio Carlos Affonso dos Santos

sexta-feira, 28 de junho de 2013


Alegoria da Caverna de Platão



Imagine um grupo de pessoas que habita o interior de uma caverna subterrânea, estando todas de costas para a entrada da caverna e acorrentadas pelo pescoço e pés, de sorte que tudo o que vêem é a parede da caverna. Atrás delas ergue-se um muro alto e por trás desse muro passam figuras de formas humanas sustentando outras figuras que se elevam para além da borda do muro. Como há uma fogueira queimando atrás dessas figuras, elas projetam sombras na parede da caverna. Assim, a única coisa que as pessoas da caverna podem ver é este “teatro de sombras”. E como essas pessoas estão ali desde que nasceram, elas acham que as sombras que vêem são a única coisa que existe. Imagine agora que um desses habitantes da caverna consiga se libertar daquela prisão. Primeiramente ele se pergunta de onde vêm aquelas sombras projetadas na parede da caverna.

Depois consegue se libertar dos grilhões que o prendem. E o que acontece quando ele se vira para as figuras que se elevam para além da borda do muro? Primeiro, a luz é tão intensa que ele não consegue enxergar nada. Depois, a precisão dos contornos das figuras, de que ele até então só vira as sombras, ofusca a sua visão. Se ele conseguir escalar o muro e passar pelo fogo para poder sair da caverna, terá mais dificuldade ainda para enxergar devido à abundância de luz. Mas depois de esfregar os olhos, ele verá como tudo é bonito. Pela primeira vez verá cores e contornos precisos; verá animais e flores de verdade, de que as figuras na parede da caverna não passam de imitações baratas. Suponhamos, então, que ele comece a se perguntar de onde vêm os animais e as flores. Ele vê o Sol brilhando no céu e entende que o Sol dá vida às flores e aos animais da natureza, assim como também era graças ao fogo da caverna que ele podia ver as sombras refletidas na parede. Agora, o feliz habitante das cavernas pode andar livremente pela natureza, desfrutando da liberdade que acabara de conquistar. Mas as outras pessoas que ainda continuam lá dentro da caverna não lhe saem da cabeça. E por isso ele decide voltar. Assim que chega lá, ele tenta explicar aos outros que as sombras na parede não passam de trêmulas imitações da realidade. Mas ninguém acredita nele. As pessoas apontam para a parede da caverna e dizem que aquilo que vêem é tudo o que existe; é a única verdade que existe; é a realidade. Por fim, acabam matando aquele que retornou para dizer-lhes um monte de "mentiras".

Reflexão:

Por meio desta parábola, relatada por Platão, podemos refletir um pouco acerca do que entendemos por verdade. Será que nossas verdades são as “sombras” que se encontram em nossa frente? Será que nossas verdades se resumem apenas ao que percebemos com nossos cinco sentidos? Quando acreditamos apenas no que conseguimos ver, ficamos dentro das muralhas de nossa existência, de nossos sentidos, percepções, conceitos e preconceitos. Precisamos tomar cuidado para não aniquilarmos prematuramente o que ainda não vemos. Pode ser que se perca uma ótima oportunidade de ampliar nossos conhecimentos. Acreditar nas "sombras" é um péssimo hábito que, infelizmente, está muito presente também no mundo da ciência.

segunda-feira, 17 de junho de 2013


O QUE É VIVER BEM ( Cora Coralina )

Um repórter perguntou a Cora Coralina o que é viver bem?

Ela respondeu:

eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice...

E digo para você , não pense!

Nunca diga estou envelhecendo ou estou ficando velha.

Eu não digo.

Eu não digo que estou ouvindo pouco.

É claro que quando preciso de ajuda,eu digo que preciso.

Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a
 vencer as dificuldades da vida.

O melhor roteiro é ler e praticar o que lê.

O bom é produzir sempre e não dormir de dia.

Também não diga pra você que está ficando esquecida,
porque assim você fica mais.

Nunca digo que estou doente,digo sempre: estou ótima.

Eu não digo nunca que estou cansada.

Nada de palavras negativas.

Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida,mais esquecida fica.

Você vai se convencendo daquilo e convence os outros.

Então,silêncio!

Sei que tenho muitos anos.

Sei que venho do século passado e que trago comigo todas as idades,
mas não sei se sou velha não.

Você acha que eu sou?

Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias a minha 

personalidade,despedaçando dentro de  mim tudo que é velho e morto,

pois lutar é a palavra 

vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.

O importante é semear,produzir milhões de sorrisos de solidariedade e de amizade.

Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.

Digo o que penso com esperança,

Penso no que faço com fé.

Faço o que devo fazer com amor.

Eu me esforço para ser cada dia melhor,

pois bondade também se aprende.