segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

DE MALAS PRONTAS









Tenho e sempre tive a convicção de que esta vida aqui
é uma estação de uma longa viagem de origem e
destino desconhecidos.
Mas todas as vidas, a minha, a sua, a de todos, passam
pelo mesmo caminho que leva ao crescimento humano
e espiritual.
Tem quem queira prosseguir a viagem.
Tem quem queira passar voando pela estrada.
Tem quem queira interrompê-la abruptamente.
Tem quem passe alheio a tudo, até mesmo à vida.
Esse aí não vive na verdade… passa o tempo inteiro
da viagem sentado a beira do caminho.
Sem aprender, sem progredir… sem crescer.
Não viaja, nem vive… só sobrevive.
Pra alguns a viagem é curta… nem chega a desembarcar,
embarca de volta.
Pra outros a viagem é loooonga!
Há quem leve na bagagem experiências ruins e aprenda
com elas. N’outras bagagens as
experiências ruins se transformam em peso…pesam muito,
viram mágoa e se transformam
em doença.
Na minha bagagem, as experiências ruins transformo
em aprendizado.
Isso as tornam leves.
Na minha estrada observo cada pedrinha do caminho.
O sol, a chuva, as folhas,
as plantas, animais.
Sou feliz por viver, por respirar, andar, enxergar,
poder falar, ter corpo perfeito,
cérebro que funciona, mente que trabalha.
Observo especialmente o ser humano e suas diversas vestes.
Não as do corpo… porque são irrelevantes.Mas as da alma.
A veste da cultura pode encobrir uma personalidade bronca,
rude, vazia, egoísta.
O ouro, a riqueza… podem encobrir a pobreza extrema
do espírito.

Em contrapartida a veste da simplicidade pode encobrir
um espírito de
um estado de nobreza irretocável, sutil, de uma elevação
indescritível.
Ano Novo é tempo de repensar.
Reavaliar o que foi feito durante um ano inteiro e sobre o
que se pretende mudar.
Ano novo é hora de novos sonhos, novas auto–propostas.
Não adiantou sonhar, ter um reveillon maravilhoso, se não
houve um reveillon íntimo.
Roupas não vão vestir nem o meu nem o seu futuro.
Não importa se passou de branco, de prata, numa festa
em família, vendo a queima
de fogos... com champanhe, num lugar chiquérrimo, na montanha,
à beira da praia ou num barracãozinho.
Nem o cenário nem o figurino são essenciais...
são meros detalhes.
Não importa se virou o ano dormindo. Só não pode dormir
por mais um ano.
Fechar os olhos aos objetivos, às metas, ao melhoramento.
Se fizer isso não será
um ano novo.
Não será nada além de “mais um novo ano velho”.
Inicie o ano agradecendo.
Agradecendo a chance de existir, de respirar, andar, enxergar.
Ter tido o privilégio de ser trazido a terra pelos
meus anjos: pai e mãe.
Ter uma família especial, ter tido uma infância
de sonhos e oportunidade de aprendizado de vida,
de valor imensurável.
Oportunidade de ter saúde bastante para dar vida à outra vida.
Oportunidade de trabalho, sob todos os ângulos.
Pela tentativa constante e incansável de manter mãos
e coração limpos. Pela presença de pessoas que me amam
e a quem amo também.
E o presente de amigos “presentes”, os mais distantes,
os de sempre e os que chegaram de surpresa.
Estou pronta pra me revisar... me reavaliar.
Faça as malas você também... Deixe pra traz o que
você não conseguiu melhorar.
Melhore-se, melhore a vida de quem puder...
melhore o seu jeito de olhar e agir com o outro, com o mundo.
Siga em frente e boa viagem!

Autora: Magaly Reinaldo.

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